segunda-feira, 18 de maio de 2009

Performance ou Happening ?












































Virada Cultural Parque da Luz 2009



A dos Wayra Ñan é pra lá de pós-moderna


A performance, art performance ou performance artistística é uma modalidade de manifestação artística interdisciplinar que - assim como o happening - pode combinar teatro, música, poesia ou vídeo. É característica da segunda metade do século XX, mas suas origens estão ligadas aos movimentos de vanguarda (dadaísmo, futurismo, Bauhaus, etc.) do início do século passado.
Difere do happening por ser mais cuidadosamente elaborada e não envolver necessariamente a participação dos espectadores. Em geral, segue um "roteiro" previamente definido, podendo ser reproduzida em outros momentos ou locais. É realizada para uma platéia quase sempre restrita ou mesmo ausente e, assim, depende de registros - através de
fotografias, vídeos e/ou memoriais descritivos - para se tornar conhecida do público.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Semana passada vinha eu trotando distraída pelas ruas do centro quando ao longe fui atraída pela estranha sonoridade de uma música eletro-mística . Ao me aproximar do local, na praça em frente à Igrejinha da Marechal, me deparei com uma performance pra lá de pós-moderna.
Índios vestidos com exuberantes penas e colares, em frente a um teclado e a uma parafernália de fios, além dos típicos instrumentos como flautas de bambu e outros penduricalhos percussivos animados ao ritmo dos pés, cantavam xamânicas canções ao microfone, enquanto um indiozinho, dançava, à maneira de um ritual, em volta de uma cesta forrada de notas de reais.
Uma família inteira (incluindo, além dos jovens músicos, um bebê pendurado às costas de uma mãe-índia e uma sábia anciã), vendia, a gorjetas irrisórias, a tradição ancestral dos índios equatorianos do Caminho dos Ventos.
As mulheres ofereciam aos curiosos transeuntes que se aglutinavam para assistir ao exótico espetáculo, além dos CDs dos artistas, objetos rituais banalizados nas esotéricas lojinhas da cidade, como a teia dos sonhos para afastar os maus espíritos oníricos.
E ainda quem quisesse tirar uma foto com o indiozinho acionando a câmera do celular, talvez ainda pudesse, com o consentimento deles, roubar a alma dos índios...


Claudia Sarro




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