quinta-feira, 9 de abril de 2009

com os pés, pra entender com o coração.

Imaginem que quem está contando não conhece nada de 'cavalo marinho'. Então, como de fato eu tenho um dominio nulo sobre isso vou dizer sob este ponto de vista.

Por não ter tanta propriedade vou dizer que oque eu senti do que eles fizeram. Daquele balangar de pés agitados, que hora acompanhavam, introduziam, finalizavam a música que recortava as cenas; me foram também uma forma de narrar. Eles provocam uma forma de assistir as cenas com um olhar curioso, que pra mim foi causado por este balangar doce. E a narrativa ganha forma. Ela nos aponta quando a historia e quando o 'narrador' está se colocando, quebrando a parede e convidativamente dividindo um momento com o publico.

Mencionar que o espetáculo é leve, é doce, é sensivel. E a sensibilidade está também nessa disponibilização dos atores para um estado de prontidão da dança-encenada ou da dança-história-narrada. A proximidade com a platéia aproxima. É quase como se fossem contadores de história que atuam, sem aquela barreira de teatro platéia, muito embora o palco estruturado a là italiano estivesse lá.

Me tocou. Me cativou porque eu também chacoalhava na minha cadeira, e sem perceber eu sorria. A única coisa que me incomodou é que o texto tinha ruidos. Não sei se pela espaço, ou pela platéia ou pela terrivel mania que a gente tem que ouvir textos altos e não sutilezas, nos primeiros quinze minutos eu perdia coisas. Depois, já quente, com a plateia já assentada, ficou mais fácil, e eu ouviria, por horas aquela história de moscas.

Kéroly Gritti.

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